Em nota solene divulgada na manhã desta terça-feira (6), o Vasco anuncia que protolocou o projecto de recuperação judicial do clube e da SAF. O Cruz-Maltino destaca o processo porquê “um marco importante no processo de renovação financeira que vem sendo orientado com responsabilidade e transparência”.
Neste momento, o clube apresenta as propostas e medidas para o cumprimento das obrigações do Vasco da Gama e da Vasco SAF, além de estabelecer as bases para a renovação financeira.
De conformidade com o clube, essa lanço do Projecto de Recuperação Judicial marca o início da tempo de estudo por secção do Poder Judiciário e dos credores, conforme estabelece a legislação. Posteriormente a distribuição do projecto, os credores serão convocados pela Justiça para deliberar sobre sua aprovação em Reunião Universal.
O Vasco afirma que “O Projecto de Recuperação Judicial é resultado de meses de análises cuidadosas, envolvendo diretores, executivos, consultores, advogados e colaboradores”, e complementa que “Todos atuaram com uma missão: confirmar que o Vasco da Gama supere os desafios enfrentados até cá e siga gerando valor, dentro e fora de campo”.
“A recuperação judicial surge porquê um caminho mais estruturado para a renovação financeira do clube, mas é importante referir o impacto nas relações do clube com atletas, patrocinadores e fornecedores. O processo pode gerar instabilidade, afetando negociações de novos contratos e até mesmo comprometendo a credibilidade do clube no mercado esportivo. Ou por outra, a torcida, que é um dos maiores patrimônios do Vasco, pode se dividir entre a esperança de um porvir mais inabalável e o receio de que o clube não consiga satisfazer as obrigações estabelecidas no projecto de recuperação”, afirma Leonardo Zenkoo, legisperito da CCLA Advogados.
Zenkoo complementa dizendo que a decisão do Vasco não é um caso só no futebol brasílico. “Outros clubes já enfrentaram problemas financeiros significativos e recorreram a mecanismos semelhantes para tentar restaurar sua saúde financeira. Um exemplo marcante é o Cruzeiro, que acumulou dívidas bilionárias e precisou reformar suas operações ao se tornar SAF (Sociedade Anônima do Futebol). No entanto, diferentemente do Cruzeiro, que conseguiu atrair investidores e reformar sua gestão, o Vasco ainda enfrenta um cenário de incerteza quanto à viabilidade da recuperação sem uma mudança profunda em sua governo e protótipo de negócios”, acrescenta.
