A menos de um mês para o início da temporada 2025 da Fórmula 1, Lewis Hamilton afirmou à CNN que sua ida para a Ferrari é “o repto que eu realmente precisava” e que “o objetivo número um é vencer”.
Sete vezes vencedor mundial, o piloto britânico surpreendeu o mundo da Fórmula 1 ao anunciar, no ano pretérito, sua transferência para a escuderia italiana em seguida 12 anos na Mercedes. O impacto da mudança, porém, surpreendeu até o próprio Hamilton.
“Quando tomei a decisão, sabia que seria grande. Mas sabia o quão grande seria? Porquê medir isso?”, disse Hamilton à CNN, com um sorriso. “Foram os meses mais empolgantes que eu me lembro de ter vivido. Cada dia é alguma coisa completamente novo, e esse repto era exatamente o que eu precisava. Sei que estou onde deveria estar neste momento”.
Chegada emblemática
A transferência de Hamilton para a Ferrari é exclusivamente sua segunda troca de equipe desde que estreou na Fórmula 1, em 2007. Sua chegada a Maranello, sede da escuderia, causou alvoroço entre os ferraristas e os fãs da categoria.
No primeiro dia solene uma vez que piloto da equipe, o britânico, de 40 anos, posou para fotos usando um terno preto ao lado de uma Ferrari F40, com o icônico casarão que pertenceu ao fundador Enzo Ferrari ao fundo. A imagem, registrada na rossio que leva o nome de Michael Schumacher — mito com quem divide o recorde de sete títulos — tornou-se a publicação mais curtida da história da Fórmula 1 no Instagram.
“Eu sabia exatamente o que queria vestir e escolhi o F40 porque é um carruagem icônico, um sonho”, contou. “Estar em frente àquele prédio, onde tantos pilotos fizeram história, sabia que seria uma imagem que atravessaria gerações”.
Governo de expectativas
A parceria entre um dos pilotos mais vitoriosos da história e a escuderia mais tradicional da Fórmula 1 despertou expectativas sobre a conquista do oitavo título mundial, o que faria de Hamilton o maior vencedor da categoria.
Seu último título foi conquistado em 2020, mas ele encerrou sua passagem pela Mercedes com duas vitórias em 2024, em seguida dois anos sem triunfos. No entanto, a disputa em 2025 promete ser acirrada, com Max Verstappen, da Red Bull, em procura do quinto campeonato sucessivo e Lando Norris, da McLaren, despontando uma vez que um poderoso rival.
Questionado se já se imagina vencendo com o macacão vermelho da Ferrari, Hamilton ponderou. “Honestamente, não. É uma curva de estágio muito íngreme, uma cultura completamente novidade. O carruagem é dissemelhante, o motor, os sistemas de controle, a terminologia dos ajustes. Tudo é uma tela em branco e estou tentando juntar minhas cores à paleta que já existe nesta equipe”.
Paixão e rafa por títulos
A Ferrari não conquista um título de pilotos desde 2007, com Kimi Raikkonen, e não leva o campeonato de construtores desde 2008. Em 2024, Charles Leclerc terminou em terceiro no Mundial, mas a equipe disputou até o término o vice-campeonato com a McLaren, ficando exclusivamente 14 pontos detrás do time britânico.
Hamilton destacou a paixão que move a Ferrari. “Sabia que havia paixão na equipe, mas é dissemelhante quando você está dentro. Sempre vi os pilotos da Ferrari vivendo isso, mas agora, vestindo o macacão vermelho e sentindo na pele, é impressionante. Nunca vi zero igual”, afirmou. “Esse time tem uma base de fãs leal, que os apoia em qualquer lugar e sob qualquer estado. Quando todos se unem, isso tem um poder incontável”.
Foco totalidade na pista
Hamilton, o primeiro e único vencedor preto da Fórmula 1, também se tornou uma voz ativa na luta contra a desigualdade e pela flutuação no automobilismo através da instalação Mission 44. Fora das pistas, ele também se destaca no mundo da voga, da música e da cultura.
Todavia, o britânico garante que agora o foco é totalidade na procura por vitórias com a Ferrari. Ele já testou o SF-25, carruagem para a temporada 2025, na pista privado da obreiro italiana. Os testes de pré-temporada começam em 26 de fevereiro, no Bahrein, e a primeira corrida acontece em 16 de março, na Austrália.
“Tenho ótima relação com Fred Vasseur [chefe da equipe] e com o time. Eles compreendem que sou dissemelhante e tenho outros interesses, mas ninguém tem dúvidas: o foco número um e o objetivo principal é vencer. E isso é tudo que me importa agora”, finalizou Hamilton.