Ídolo em clubes porquê Coritiba, Palmeiras, Cruzeiro e Fenerbahçe, o ex-meia Alex levou o esporte para além das quatro linhas. O ex-jogador atuou porquê voz ativa em debates sobre o porvir do futebol brasílio, principalmente durante o movimento Bom Tino FC, criado em 2013.
Em entrevista ao CNN Esportes S/A, Alex voltou a estudar o cenário do futebol pátrio, apontando avanços tímidos e destacando que o sistema atual ainda está “muito longe do ideal”.
“Está muito longe do ideal [futebol brasileiro]. Porque quando a gente olha — por isso que eu digo, em termos de sociedade — quando a gente brigou por isso, uma das coisas que a gente mais ouvia era essa: ‘Ah, o jogador ganha muito e quer jogar pouco’. Eu, particularmente, nunca briguei por isso. A minha bulha era por um massagista, por um roupeiro de um clube pequeno do interno que vai jogar dois, três meses no estadual e depois termina o ano dele”, explicou.
Bom Tino FC
Criado em meio ao caos do calendário pátrio e à insatisfação com a gestão do futebol no Brasil, o Bom Tino FC reuniu atletas de diversas equipes com o objetivo de propor melhorias estruturais, discutir o fair play financeiro e cobrar maior transparência nas entidades que comandam o esporte.
Alex, Gilberto Silva, Paulo André, Dida, D’Alessandro, Edu Dracena e Rogério Ceni foram alguns dos jogadores que participaram do movimento.
O ex-meia relembrou os bastidores da fala política feita pelo grupo.
“Nós brigamos. Foi uma bulha muito interessante, foi muito desgastante, mas foi muito interessante. A gente chegou no poder maior, que naquele momento era a presidente Dilma Rousseff. E eu lembro de conversas com o Mercadante, por exemplo, que naquele momento era o Ministro da Mansão Social”, contou o ex-jogador.
“A gente levou jogadores do maior nível — que éramos nós da Série A — e jogadores que jogavam em clubes do interno de Santa Catarina, e que tinham terminado o calendário para aqueles caras. Para explicar para deputados, explicar para senadores, para os próprios ministros e para a própria presidente da estação porquê funcionava. Tivemos reuniões com presidentes de clube, reuniões com treinadores, reuniões com a rede detentora dos direitos, e com a própria CBF”.
Apesar do esforço, Alex ressalta que é impossível falar em progressão estrutural sem considerar o mistério que separa os grandes centros dos clubes de menor sentença.
“A gente caminhou até onde podia ir. Mas é longe da verdade, porque, porquê eu falei, infelizmente a geografia, a subdivisão do nosso futebol, ela se torna muito distante. E, de novo, enquanto sociedade, a gente olha para os principais nomes, para os principais centros. Na estação nós tínhamos 675 clubes de futebol profissional. Se nós pegarmos: a primeira subdivisão tem 20, a segunda subdivisão tem 20, a terceira subdivisão tem 20”, disse Alex.
“A gente entrou com essa discussão, fomos até onde nós poderíamos ir, mas acredito que muita coisa possa ser feita. As pessoas que dirigem a CBF abrem um braço para as federações, e aí as federações têm que cuidar desses seus clubes. Portanto, acredito que tem muita coisa ainda a ser feita”, finalizou.
CNN Esportes S/A
Com Alex, o CNN Esportes S/A chega à 95ª edição. Apresentado por João Vitor Xavier, o programa aborda os bastidores de um mercado que movimenta bilhões e é um dos mais lucrativos do mundo: o esporte.
Em taxa, os assuntos mais quentes da indústria do mundo da esfera, na perspectiva de economia e negócios.