O técnico Leonardo Jardim é, atualmente, a figura mediano do futebol do Cruzeiro. Contratado em fevereiro para substituir Fernando Diniz, o português recebeu votos de crédito de Pedro Lourenço, gestor da SAF do clube, e tem sido mais que um treinador dentro das quatro linhas.
Todas as decisões do departamento de futebol passam diretamente pelo europeu. Além de dar mais competitividade ao time, o ex-Monaco agora tem a missão de regenerar o projeto azul uma vez que uma espécie de manager. Essa função, inclusive, é geral no Velho Mundo.
A força interna de Jardim pode ser vista por meio de entrevistas, tanto dele quanto de outras figuras do contexto do Cruzeiro, e ações práticas no dia a dia.
‘Tudo é responsabilidade minha’: Jardim assume controle das partes física, técnica, tática e psicológica
Jardim se tornou protagonista do clube. Em entrevista depois a vitória sobre o Bahia, no último dia 17, o treinador garantiu essa posição e disse ser o responsável principal por diferentes áreas de trabalho no time.
“Em relação à segmento física, simples que a gente tem desenvolvido um noção dissemelhante daquilo que tinha sido estipulado no clube. O líder da segmento física da equipe sou eu, física, técnica, tática, psicológica. Evidente que temos estafe para trabalhar, mas o líder dessas áreas sou eu. Tudo é minha responsabilidade, para o muito e para o mal”, apontou o Mister em coletiva.
A enunciação reforçou o posto de destaque do profissional dentro do Cruzeiro. Por outro lado, nomes outrora apontados uma vez que pilares do projeto, uma vez que o CEO Alexandre Mattos, estão cada vez mais coadjuvantes.
Golpe de Dudu e outras decisões
Uma das principais contratações do Cruzeiro em 2025, Dudu foi retirado antes do jogo contra o Vasco, no último domingo (27), por opção de Jardim. O golpe se deu depois declarações polêmicas do atacante e situações internas, não reveladas. O jogador teria pedido a destituição do técnico à direção.
A queda de braço foi vencida pelo treinador. Logo em seguida, no Parque do Sabiá, Pedro Lourenço indicou a saída do camisa 7 em uma conversa com torcedores.
O encolhimento de Dudu se juntou a outros atos importantes de Jardim no Cruzeiro desde sua contratação. Veja a relação:
- Colocar Gabriel Barbosa e outros medalhões no banco de reservas em prol de um time mais físico e rápido;
- Pedir a geração de um relatório semanal para seguir os jogadores emprestados pelo clube;
- Escoltar de perto e integrar jogadores das categorias de base ao profissional;
- Maior atenção ao preparo físico dos atletas.
Pedrinho e jogadores confiam em Jardim
O principal coligado de Jardim no Cruzeiro é Pedrinho, o possuidor da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O dirigente já manifestou seu pedestal ao técnico e deu a ele missiva branca para modificar o que for preciso no clube.
A intenção do gestor é manter o português no comando da equipe por anos. Isso foi dito em uma entrevista no início de abril.
“Ele tem boas ideias, procura ajudar o clube. Quando você traz um técnico que tem residência em Mônaco, que tem milhões na conta, ele está feliz da vida. Ele não veio por moeda, pelo salário (…) Sinceramente, espero que ele fique uns dois, três anos, se Deus quiser”, disse Pedrinho em entrevista a O Tempo, no último dia 7.
No elenco, o exposição também é de alinhamento com o treinador. Cássio disse, depois a vitória sobre o Vasco, que Jardim tem comando extremo sobre os jogadores.
“Entendo que se cria uma expectativa muito grande, um investimento muito cimeira, mas tem que ir passo a passo, todo mundo junto. Todo mundo está entendendo a teoria do Mister, é um faceta que tem extremo comando e saudação do time. A gente tem que ter a cabeça erguida, se entregar 100% e a gente conquistou uma vitória que ajuda e deixa o Cruzeiro numa situação boa no Brasílio”, destacou o goleiro.
Longo prazo e expectativa pela janela de transferências
Leonardo Jardim já explicitou, mais de uma vez, que vê carências físicas e de características no elenco do Cruzeiro. Nesse sentido, o profissional aguarda ansiosamente a próxima janela de transferências para que possa deixar o plantel sidéreo mais parecido com suas ideias.
Esse será um momento necessário para que o trabalho do português ganhe ainda mais fôlego. Em entrevista coletiva depois guião para o Bragantino, no dia 20 de abril, Jardim destacou a situação e disse ser um varão de projetos longos.
“Eu sou uma pessoa de projetos desportivos longos. Estamos iniciando ainda o trabalho. Quando as pessoas falam dois meses cá no Brasil, parecem três anos. Eu ainda não tive uma janela de mercado para estruturar a equipe em um protótipo de jogo”, analisou.
A próxima grande janela terá validade entre 10 de julho e 2 de setembro. Antes, porém, haverá uma pequena janela para o Super Mundial de Clubes, entre os dias 2 e 10 de junho.
