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Luta de Anderson Silva e Belfort foi a grande virada do MMA no Brasil, diz autor do livro “Por Trás do Octógono”

Johnny Drum/Jovem Pan

Depois do fatídico UFC 126 realizado em fevereiro de 2011 em Las Vegas, nos Estados Unidos, com a vitória de Anderson Silva sobre Vitor Belfort por nocaute veio a viradela do esporte no País.  Isso, evidente, sem tirar o préstimo dos lutadores que vinham antes.

Em entrevista ao programa Morning Show, da rádio Jovem Pan, o repórter Marcelo Alonso, responsável do livro “Por Trás do Octógono”, que será lançado nesta sexta-feira (04), em São Paulo, confirmou que o momento de aumento da popularidade do esporte por cá foi em seguida a “Luta do Século”.  

“A luta dele [Anderson Silva] com o Vitor foi a grande viradela do esporte. Ele mostrou genialidade com a pedalada certeira. Dar todo o crédito, para essa viradela, para o Anderson não seria justo, porque a estirão foi longa”, disse.

Perito no tema, e ex-editor da revista Nocaute, Marcelo Alonso ressaltou que os lutadores de MMA tiveram que se especificar em outras modalidades de luta para não serem derrotados dentro do octógono. “A categoria de peso e de tempo foi sendo implantada aos poucos e foi essa a diferença que transformou o vale-tudo brasiliano em MMA. Hoje os atletas que chegarem com uma modalidade só não duram um minuto. O face que chega hoje no MMA e não é pelo menos filete roxa no jiu jitsu, por exemplo, não tem a menor chance”, explicou.

O próprio nome diz: “Mixed Martial Arts” ou Artes Marciais Mistas, em tradução livre. Ou seja, o desportista precisa necessariamente dominar mais de uma técnica. Anderson Silva, uma vez que lembrou o repórter, era só muay thai.

“Primeira vez que eu o vi, pensei que ele não ia chegar longe, porque ele era ótimo no muay thai e precisou ser finalizado no solo para entender a valor do MMA. Ele não sabia lutar no solo. Foi aí que ele aprendeu o wrestling, para bloquear as quedas e inaugurar a nocautear. Mas durante nascente período ele também foi treinando o jiu jitsu, para se mostrar um lutador completo. É a evolução de um lutador”, contou.

Sobre a visão ainda estereotipada dos lutadores de que eles são “brutos”, Marcelo Alonso foi terminante: “é uma visão estereotipada, porque na luta você precisa ter, além de talento, lucidez. Jiu jitsu, por exemplo, é uma espécie de xadrez do corpo. Eles têm uma lucidez biomecânica supra da média. Os caras que chegam longe têm uma vez que características serem pessoas muito do muito. O Minotauro, por exemplo, é uma pessoa guloseima e generosa. Quem vê no ringue não tem noção dos excelentes seres humanos que eles são”.

Marcelo Alonso contou ainda sobre o caso do cantor Tim Maia ter sido um grande fã do esporte e que chegou a vincular para a revista onde ele trabalhava para pedir a fita da luta de Vitor Belfort. “Eu não tinha teoria que era ‘o síndico’. Ele perguntou se eu não arrumava, que ele me daria quatro ingressos para o show dele. Eu disse para que ele mandasse seu chofer para ir pegar. Ele era enamorado pelo Belfort”, relembrou.

Outro caso foi o do senador, que não foi identificado pelo jornalista e que se achava “bom”. “O senador começou a fazer boxe em Brasília e o rabi da liceu falava para os lutadores pegarem ligeiro. Até que um dia ele tomou uma no queixo depois de provocar um lutador”, contou aos risos.

Confira a entrevista completa concedida ao Morning Show:



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